Depois de uma sessão, na terça-feira, em que os vereadores de Santa Maria não conseguiram chegar a um consenso sobre a formação das comissões, a expectativa era de que na segunda sessão do ano, na tarde desta quinta-feira, o impasse fosse resolvido rapidamente. Mas não foi o que aconteceu. Foi um bate-boca todo o tempo, guerra de pareceres sobre a fórmula para as indicações das comissões no caso da falta de acordo. Foi vereador reprendendo o colega e até o presidente. Situação e oposição querem o controle da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante e com poder de liberar e barrar projetos. Nenhum dos lados quis abrir mão do poder e controle. Ao total, a CCJ tem sete membros.
Sem consenso, o presidente da Casa,Valdir Oliveira (PT), propôs, com base em parecer da Procuradoria e do Regimento Interno, fazer as indicações pela proporcionalidade dos partidos e pela ordem dos parlamentares mais velhos. Mas, ao mesmo tempo, foi levantada a questão de que o Regimento Interno não seria pacífico em relação aos critérios.
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Por isso, nem todos concordaram com a fórmula. Então, decidiram votar se o documento, que rege o funcionamento da Casa, era omisso quanto a esse ponto específico. Nesse momento, o bloco de oposição abandonou o Plenário. O restante votou e considerou, por 12 votos a um, que o regimento era vago sobre os critérios.
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"Essa presidência está indo à exaustão praticamente", afirmou Valdir, sobre todas as tentativas frustradas de um consenso em mais de três horas e meia de sessão, boa parte do tempo consumida por interrupções e reuniões que não levaram a nada.
Até a publicação desta coluna, o impasse continuava. Sem a formação das comissões, os projetos não podem tramitar no Legislativo. Perdem a cidade e a população.